domingo, 26 de abril de 2009

Continuando...

Passei o resto da semana pensando na "conversa" que tive com Gabriel em minha casa e, sinceramente, me sentia como um homem desconfiado e traído. Era ridículo pensar na ideia de estar sendo traído por ele, mas se minhas suspeitas fossem deveras, falsas teria que me desculpar pro resto da vida, entretanto se fossem reais... Eu não sabia ao certo que decisões tomar.
Quando menos esperei enfim um telefonema! Demorou mas antes tarde do que nunca. A conversa foi de fato um tanto confusa, ele estava eufórico, muito agitado, como se estivesse muito feliz por algo que acabara de realizar com sucesso. Marcamos por fim um encontro naquela mesma praça em que nos conhecemos às três da tarde naquele mesmo sábado.
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Caminhei rapidamente até chegar a praça, estava pelo menos uns vinte minutos atrasado. Inconscientemente, tinha feito isso de propósito...
-Oi. -falou ele sem me olhar direto nos olhos.
-Oi. -respondi secamente.

-Precisamos conversar...

-Eu sei disso.

Derrepente, Gabriel começou a chorar como uma criança assustada, aquilo me deixou nervoso e confuso, mas não me preocupei em dar-lhe o ombro. Ele tinha cometido o erro, então ele deveria concerta-lo.

-Desculpa Nick... -falou soluçando.

-Eu gostaria que você me explicasse, por que ainda estou no escuro. -falei olhando-o nos olhos.

-É que... Eu tava com outra pessoa...

-...

-Eu não devia ta fazendo isso com você, você foi maravilhoso, nunca me deu motivos para desconfianças, eu sou mesmo um...

-Melhor você se calar, tá legal? -falei interrompendo-o. -Eu tava gostando mesmo de você, sinto o cheiro de traição... e é uma coisa que não perdoo de forma alguma.

-Eu queria que você me perdoasse, a gente poderia recomeçar...

-Recomeçar o que garoto?! -falei alterado. -Você ficou com outra pessoa! Não tem nada o que recomeçar.

-Por favor não fica assim... -falava ele com os olhos cheios de lágrimas.

-Eu não quero mais ver você! -me levantando daquela grama.

-Por favor Nicolas eu amo você... -falou ele me seguindo.

-Acabou...

-Eu nunca mais vou vê-la!

-Quem?

-Bárbara...
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Saí dali atônito. Bárbara... Aquele nome não me era estranho e mais, era o nome da sobrinha de Joe. Mas não poderia haver esse tipo de coincidência no universo, logo a garota que eu amava tanto, uma das poucas amigas verdadeiras que eu tinha, me apunhalando, ficando com o meu namorado? Mas eu não a culpava. Nem ao menos teria como saber que ele era realmente meu namorado, mas eu precisava falar com ela, que que fosse apenas para tirar uma dúvida. Afinal era um nome comum e poderia ser qualquer uma... Mas minha intuição não me deixava pensar exatamente assim...
Continua...
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Bom, peço desculpas por estar parando sempre na metade do caminho... mas meu tempo é realmente muito corrido, sempre que posso, passo aqui no Blog e deixou alguma coisa. Vida de estudante é uma lástima ¬¬. Mas a vida é assim mesmo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Continuação

Como já era previsto Gabriel e eu começamos a namorar, não poderia jamais dizer que o amava, mas gostava de sua companhia, gostava da forma como me beijava, como me tocava, como fazia amor. Era bom tê-lo por perto, mas com o tempo o namoro foi se tornando cada vez mais cansativo, era difícil namorar com tanto ciúmes e com tantas desconfianças. Não por mim, mas por ele.
Telefonemas estranhos de noite quando estávamos juntos, desculpas para não sair, depois isso, amanhã aquilo, deixa para a próxima, etc. tudo motivo para nunca estar comigo. Eu estava mesmo achando que ele me escondia alguma coisa, e não era de pouco tempo, mas sim, desde o começo do nosso namoro. Um dia encontrei na frente de casa com um "amigo" e cessaram a conversa logo que me aproximei. Aquilo me intrigou, e muito. Quando resolvi pergunta-lhe o que estava acontecendo, Gabriel se irritou comigo e me disse que não estava me traindo, se era o que eu estava pensando. Eu nem sequer havia insinuado essa hipótese.

Resolvi marcar um encontro para conversamos com calma. No fim da tarde a campainha tocou.

-Pensei que não viesse mais... -falei dando-lhe um beijo no rosto para evitar que as pessoas na rua notassem alguma coisa. -Entra.

-Foi mal, tive que resolver uns assuntos.
-Que assuntos? -falei com um gesto para que se sentasse no sofá.
-Nada importante demais.
-Eu gostaria de saber.
-Já disse que não é nada! -falou meio enfurecido.
-Não precisa falar assim
-A culpa é sua por me pressionar! -falou em alto tom de voz.
-Dá pra ser mais educado? Minha mãe tá em casa. -falei quase num sussurro.
-Foi mal... Acho melhor ir embora.
-Não precisa.
-Não, preciso mesmo ir.
-Vai pra casa? -perguntei
-... -Me olhou com cara de quem diz "isso não é da sua conta"
-Ok. Não vou mais insistir.
-Até amanhã. -falou abrindo a porta e me dando um beijo na boca.
-Nem precisa vir... se tiver algo mais importante pra fazer...
-Não seja infantil.
-Foi mal...

E ele saiu fechando a porta atrás de si.
****

Continua...